segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Afinal









ainda existem amores perfeitos!

Somos









voláteis e perdíveis.

sábado, 29 de dezembro de 2007

A voar












Pensei que me ia encontrar, que me ia acalmar
Encontrei-me em ti e perdi-me,
O coração feito mil folhas a voar
(a misturarem-se sem parar)...
a ver se te consigo sentir, se te consigo chamar!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Vives de migalhas









e às vezes nem vives...

Maldito fim antes do fim

Já suspiraste por uma mão, só às vezes pensas na esperança que apunhalada pelo tempo faleceu banhada em lágrimas que se esgotaram. Fazes o luto da tua vida, sentes o teu abandono forçado por escolhas fáceis, pelos abismos da desgraça, pela má sorte, pela desilusão, pelo esquecimento do presente. Cravado no fim do caminho que aos poucos se desmorona, suspenso por restos de lembranças, presente por sobrevivência, como sombra do que eras e do que serias, ausente de força, desgastado, arrastado e triste, tão triste, tão triste de testemunhares as oportunidades que não aconteceram, as rotas que se perderam, a vida que te escapou por entre os dedos...

Dunas

Sou só um grão de areia neste deserto, que tenta mover-se para que as dunas se movam. Mas sinto-me tão insignificante, tão impotente, tão sozinho!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A todos os que passam por aqui









que o Natal possa acontecer no coração!

Senti

que hoje o meu coração se encheu de amor...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Pensar o caminho





Caminhar é crucial, mas também é importante sabermos parar por momentos!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Complicar por desejar














Imagem de P Fradique





O teu silêncio entristece o meu dia, faz-me arranjar mil desculpas para ti, mil impedimentos, mil causas independentes da tua vontade.... Como se tu quisesses mais do que tudo ver-me, estar comigo e não pudesses... Como se não houvesse a mulher da tua vida à distância de uma chamada, como se precisasses de mim para preencher o teu tempo, como se eu fosse importante!
Eu só quero ser amiga...porque não posso ser mais sem te possuir, porque não posso ser mais sem me possuires, sem me encheres os pensamentos todo o dia, sem estares no meu sorriso, sem seres aquele que me faz chorar se partir.... Eu quero ser amiga...porque acabei de chorar, de me perder e não quero começar uma relação perdida nem perder uma relação bonita. Eu fecho as janelas, mas o vento teima em uivar...este frio que não se sente termicamente, mas no ouvido e no coração desconsola-me, desconforta-me. E o vento és tu, a tua inconstância, o desalento...as voltas que a vida dá apesar da nossa vontade.
Não é palpável, mas está presente
.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Talvez mais tarde, talvez nunca

Eu gosto demais de tí para te querer possuir, mas tenho medo que o percebas como um amor com limites, para os quais possuir faz todo o sentido!
É uma relação tão especial que não me apetece aniquila-la com velocidade exagerada, atropela-la com actos que mais tarde teriam muito mais valor...apetece-me esperar o momento certo, se ele virá...para fazermos declarações, para dizermos palavras doces ao ouvido, para nos encontrarmos ...

Ciclos

Hoje é um daqueles dias em que me apetecia seduzir-te, pela sedução, e amar-te, pelo prazer.

Às vezes

São as perguntas mais estúpidas que nos dão as respostas mais interessantes!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

AMOR

Veio-me à ideia que o Amor é um medicamento (químico?) porque pode fazer muito bem e as vezes mal. Depende de como se usa, se é genuíno, etc. Então fui buscar uma "literatura interior" de um medicamento real e pus-me a inventar!


Composição: Bem querer, Ouvir, Sinceridade, Valorizar, Compreender, Partilhar
Excipiente: Tempo
Categoria: Pertence ao grupo dos bens da natureza.
Indicação: Medicamento para um vida plena.
Contra-indicações: Eventualmente ciúme, enquanto as doses não se ajustam
Precauções particulares de utilização: Em caso de corte brusco, contra-vontade, síndrome de abstinência e alérgico (rinite, emagrecimento, olhos e nariz vermelhos, ...)
Efeitos em grávidas e lactentes: pode potenciar a alegria.
Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas: Por tudo se tornar mais fácil, não deixar de ter cuidado com os protocolos de segurança.
Medidas a tomar em caso de sobredosagem: Fechar os olhos, beliscar-se.
Posologia e modo de administração: A dose depende do estado, mas recomendam-se em geral doses pequenas, ao longo do tempo e de quando em vez afogar-se nele!
Precauções particulares de conservação: Não guardar, consumir e dar sempre que possivel.
Medicamento sem receita médica, livre e grátis!

Convite

















Convido-te para uma dança descalça, para uma canção ao luar,
para me veres nas sombras, para os silêncios dos meus dias,
para rirmos os dois, para calarmos depois,
para partilhar a madrugada, descobrir nas nuvens ilusões.
Convido-te a assistires às minhas festas e velórios,
para os suspiros, os sorrisos e para os choros.
Convido-te a pertenceres à minha vida,
a receberes tudo o que tenho para te dar,
a seres amado, ocupares o melhor lugar!

Não, não!





Não me dês a mão se não queres segurar a minha...
não me dês essa mão que eu tanto anseio!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Tão só (II)

Deixa-me ficar a dormir, num sonho fantasia
Onde o teu abraço se estende e me enche a alma
Desfocadas as imagens, com luz de nunca
Deixar encher por segundos o meu corpo
De ternura, de silêncios, de carícias
Que estou tão seca de lágrimas, tão triste de chuva
Tão morta de esperar, tão cansada de tentar

Precisava, agora sim, de um abraço, de um consolo
De um silêncio de mãos dadas, de um tempo descompassado
Acompanha-me uns segundos, sem nada oferecer, sem perguntar
Acompanha-me apenas um metros, não consigo caminhar

Precisava, agora ou nunca, de poder voltar
Mas nem quero mais tudo o que quero
Basta-me uma mão, um olhar, um ombro
Era só o teu colo, um segundo, para me embalar

Poema a compor por quem o lê









Conta-me . . . . . . . . . um pensamento leve
Canta-me . . . . . . . . . uma brisa com carícias
Escreve-me . . . . . . . um poema sem letras
Lê-me . . . . . . . . . . . . um toque na alma
Murmura-me . . . . . uma cor em vários tons
Diz-me . . . . . . . . . . . um sorriso cúmplice
Traz-me . . . . . . . . . . um suspiro longo
Sente-me. . . . . . . . . uma folha em branco

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Andar, andar, andar

Não vos acontece olhar para trás, para a vida percorrida, e ver locais onde adoraram estar? Era o fim da viagem? Não foi!
Se calhar em vez de escolher o caminho mais curto para o fim ignorando a intuição e o bom senso (porquê o atalho?), devíamos escolher o caminho não pela distância (pela rapidez), mas o mais ensoleirado, o mais prazeiroso e mais seguro para lá chegar...porque a nossa vida não é só chegar lá, é sobretudo o ir!
Vai ser sempre o ir....porque o fim é quando não pudermos andar mais, quando o tempo se acabar e não quando lá chegarmos.
Mas se chegarmos ao que achávamos que era o nosso destino vai tudo parar e congelar ? Não... continuaremos a caminhar!

Um dia fica urgente!






Queria pedir-te a mão
e pedi-te um não!

Acontece quando a nossa decisão fica turvada pela pressa do tempo, quando a decisão fica urgente pela dor que a antecede, quando a decisão fica um marco incontornável!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O meu olhar

O meu olhar tem um tom indefenido,
Nem de tristeza, nem de derrota
Tem uma paleta de verdes sobre uma cor de areia morta
Tem um timbre apagado, tem um sorriso desnivelado
Tem uma onda parada, tem uma seara molhada
Tem restos de luzes, tem o peso das cruzes
Tem vontade de descansar, tem sabor a mar
Tem um coração que bate, tem saudade da arte
Tem um precipício de dor, tem um vestigio de amor
Tem consciência da vida, tem uma resistência sabida
Tem de se erguer, tem de esquecer!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Efémero

Num fio de faz-de-conta suspendo os teus sorrisos, os teus olhares, a tua mão. Quando me deito enrolo-me nele e junto-lhe as estrelas, a via láctea por inteiro! Percorro-o todo como quem reza um terço, numa oração, num desejo. Ele adormece na minha pele e sonho imagens infinitas e voláteis até acordar outra vez só eu, sem ti.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Grande pormenor












Eu sou o riso e tu a emoção
Eu sou suspiro, tu inspiração
Eu sou quente e tu o Verão
Eu sou o olhar, tu a imaginação
Eu sou a voz e tu a canção
Eu sou o beijo, tu a mão
Tu és amigo eu a paixão
Eu sou tua, mas tu não!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Olhar

O meu mundo sou eu que o construo, a forma como o vejo é minha e depende do meu olhar...
Se fiquei ferida também foi culpa minha... de acreditar, de querer, de sonhar!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Inquietações

Não me percebas mal que já é delicada a linha que separa a felicidade da tristeza!
Eu quero acreditar em ti não de olhos fechados, mas abertos... não me dês sinais estranhos, não me faças ter medo! Não baralhes o ar que respiro, não coloques neblinas no horizonte... Sei que me queres e que talvez não te dês conta da minha inquietação, que preciso de ti aí... não preso, mas seguro!




terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Gostar de mim!







Suspensa no tempo pela força do vento e pelo barulho do mar
Sou e não sou, deixo-me ir. Saboreio a estranha sensação
O sol quente faz-me reagir...o meu rosto vem iluminar
Bate-me o coração...a querer o sim e a saber do não!

Descubro-me interiormente feliz, segura, forte e calma
Que bom...que sorte...poder numa tarde sentir-me assim
O que mais importa tenho...todo o resto são fantasias do dia-a-dia
Do mês-a-mês, do ano-a-ano,...fica no fundo esta verdade sem fim:

... Gostar de mim!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Escrever

Estou cheia de vontade de olhar com um sorriso para o mundo,
de suspirar com a luz do sol na cara,
mas ainda assim por mais que tente (e tentei)
não consigo escrever nada de positivo, nada de forte, ...
Começo um texto decidida a isso e quando o leio é evidente o desalento!
Tenho de dar um tempo ...e tornar a tentar!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um poder que construiste





Tu já sabes as minhas luas,
Sabes os meus tempos,
Sabes quando e como
Chegar até mim!

Travessias

E eu que tenho pressa que atravesses o teu deserto e chegues ao mar, mas o mar não é propriamente o fim...quem vai ficar à margem a olhar as ondas?...há sempre caminhos por percorrer... E eu que me inquieto...com dunas e ondas que não são as minhas... Vivo a sede e o sal dos outros, quero ajudar...quero partilhar os fardos...e depois fico sozinha neste mundo onde todos seguem os seus caminhos e eu vou envelhecendo ao sol, perdida nas ondulações.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Desistir

Dá-me um beijo, que eu preciso,
E diz-me para eu desistir de encontrar o óptimo.
Dá-me um beijo, o primeiro de muitas bocas,
Que eu então desisto para me tentar afogar
Numa ausência de pensamento, de esperança.
Esquecer a perda daquilo que nunca existiu
Esquecer o que me prendia e me fazia escolher!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Passou

Os teus olhos enchiam-me...porquê?
A tua voz para mim era canção...porquê?
Era tão forte o sentimento a dar respostas!
Agora o teu mundo é distante...eu sinto!
Nem por estares longe, mas eu ausente.
E é tão vazio que até a tristeza já passou.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Burra!










Reconheço que fico mesmo burra quando o meu coração explode e me enche o cérebro de estilhaços! Se por acaso não se nota das duas uma: ou não sou só eu ou o meu esforço para o contrariar vai funcionando! :-)

domingo, 11 de novembro de 2007

Queria desejar o fim


Hoje não queria sol, nem brisas amenas...
Queira um vento nos braços
E chuva que chore no meu rosto...
Queria chorar, mas com um choro universal!
Não só meu, mas do meu mundo,
Das minhas arvores, do meu céu,
Do meu mar, que por ve-lo é meu!
Queria cinzento, um frio húmido,
O uivar das correntes de ar,
Queria que os meus olhos também vissem
O que me vai na alma...
Queria viver este luto, esta tristeza
Por todos os sentidos, para então depois
Começar a desejar o fim...
e resgatar o meu coração.

Ainda estar cá

Ser…..ir envelhecendo ao espelho
Perder a frescura, mas mantendo as esperanças
E a força de viver, a vontade de aproveitar!

Sentir os anos que pesam, o cansaço,
E não querer baixar os braços!

Sentir que este já não é propriamente o meu tempo,
Sentir que já vivi muito e aprendi outro tanto
Saber relativizar as situações e avaliar os sentimentos
Conseguir prever pela experiência como as coisas são.

Deixar a vida fluir e fugir pelas veias,
Sentir o sol a pôr-se e é tão belo
Sentir a brisa que já se conhece de cor
Suspirar de poder ainda estar cá!

sábado, 10 de novembro de 2007

Flutuo









Flutuo imersa, como se estivesse mergulhada nos meus sentidos.
Já perdi a superficie, não me apetece lutar,
Deixo-me suspensa em movimentos de câmara lenta
Que as forças de impulsão provocam!
Perco o tempo que se eterniza parando.
Deixar-me afogar nesta àgua transparente
Que distorce todas as imagens!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Confesso!

Confesso que me apetece despir-te, devagar, deixando a minha mão atrasar-se de cada vez que roça a tua pele. Sentir essa pele macia, quente, que te cobre todo... Depois pedir às tuas mãos que me dispam, cegas. Sentir prazer quando o teu braço, sem querer, se encosta ao meu ventre e se demora mais do que o necessário. Beijares-me a nuca quando percorro com a minha boca as curvas do teu corpo. Ouvir um suspiro quando me deito nua em cima de ti estendido....o prazer do contacto...Agarrar a tua cabeça e exprimir no meu beijo o amor que se solta em mim e depois perder-me perdidamente, enrolada no teu corpo, ofegante, quente...ir tocar os raios de luz que se espalham numa tentativa desastrada de os apanhar, ouvir os teus gemidos como se fossem as palavras mais fortes do mundo...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Peças


Os teus cenários não estão bem iluminados
Existem mensagens contraditórias
Neste palco nunca poderemos saber
Se vamos ver a peça anunciada!

E se és o unico teatro que agora está aberto,
prefiro assistir a outras formas de arte...

Dar-te, apenas!

Dar-te a mão
Guiar-te
Consegui ou não?
Socorrer-te
Acompanhar-te
Toda linda a minha intenção!
Cuidado! É fácil
Ser mal interpretada
Disse-me a razão.
E fiquei presa
Dividida
, confusa
Quando ouvi o coração!
Segui na mesma,
Tropecei, forcei
O caminho...ilusão!!
Apesar de sentir mais
Do que queria
Não larguei a tua mão!
Já seguro, com uma gargalhada
Não me deixaste cair
Atiraste-me para o chão.
E agora em mim
No lugar do teu traço
Está apenas um borrão!

Não desisto de dar.
As vezes recebe-se
Outras vezes não!
E as amizades bonitas
Assim nascidas ou fortalecidas
Valem bem o preço de muita desilusão!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A tua pintura

Pintei-te a guache com cores frescas e leves
Pinceladas soltas, corridas, perfeitas
Amei-te assim naquela tela, tão minha!

Mas o resto das tintas conseguiram entrar
Veio o carvão, o silêncio, o óleo, a dúvida,
E agora nasce em mim o medo de te amar!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Sapos


Sim, não acredito em principes encantados, mas a verdade é que não deixo de olhar para o sapo com uma certa esperança.....

E tenho encontrado muitos sapos, uns mais promissores que outros, outros quase principes...principes mas não para o meu "e viveram felizes para sempre!". Creio que seria uma frase mais adequada "e foram vivendo felizes!"... É que primeira hipotese do para sempre é só fiascos :-) e é-se forçado a reconhecer que a história está mal contada, pelo menos se vier a ser a nossa, nos dias de hoje! Claro que o "felizes" também pode ser relativo, não é concerteza passar a vida em exaltação, em alegria suprema, em ais, mas antes sentir-se acompanhado, sentir-se bem....e não eufóricamente e desajustadamente radiantes a toda a hora!

sábado, 13 de outubro de 2007

Flechas

Arcos...voam flechas afiadas na minha direcção. Não sei dizer, com um suspiro, que mereço e finalmente vou morrer da forma como me conheço ou se, simplesmente, são flechas dolorosas que não mereço! Esta-me a doer tanto que nem sei...

Pensava

Pensava que tinha crescido, pensava que estava a conseguir estabilidade....pensava que finalmente estava madura! Mas parece que é ilusão....o feed-back é negativo. Tenho vergonha de mim. Sinto-me mesmo mal. Parece que o mundo desabou à minha volta.
Sou leve demais, futil? Sou despreocupada demais, superficial? Sou crente demais, burra? Sou triste demais, finjo-me viva?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reviver o desnecessário

Tu levaste-me à criança que eu sou lá no fundo e eu a achar que já tinha crescido ao ponto de nunca mais me sentir assim! Sinto-me abandonada como quando a minha mãe me deixou pela primeira vez numa festa de anos de uma amiga. Foi emocionante, não cheguei a ter medo, mas fiquei apreensiva e foi a minha primeira experiência de auto-suficiência e de liberdade...assustadora! Deixei de ter guia, amarras...quando regressei a casa senti que tinha dado um passo para a minha independência, que essa experiência já a tinha passado.
Agora volto a sentir pelo teu abandono da minha vida a mesma sensação de apreensão, de liberdade assustadora. Mas agora não o sinto como experiência, não o sinto como um passo fundamental para o resto da minha vida.

Há amarras que se têm de soltar a certas alturas e embora assustem achamos positivo e ficamos contentes por ultrapassa-lo, pois são componente do nosso crescimento. Outras amarras não são feitas não à nascença, mas à custa de investimento e algumas dessas, esta para mim, chegam também a abraçar o cerne do nosso ser. Estas se se soltam, quer venham mais tarde a ser considerado bom, ferem esse cerne. E sabemos que segundo a primeira experiência conseguimos sobreviver, mas agora não queremos perder a prisão, o laço, não queremos a liberdade independente.

Aquela sensação avassaladora de abandono que roça a nossa imagem, a nossa integridade emocional...como pode ser igual àquela da minha infância? Os sentimentos afinal são como a agua que desce das montanhas...descem...os caminhos podem ser diferentes, a velocidade também, ...mas quando salta faz sempre "splash", dispersa sempre.
E junta ou dividida, por diferentes caminhos, o fim é sempre o rio, é sempre o mar...até uma nova evaporação.

Esperança

Prefiro a incerteza que a certeza do que mais temo... Enquanto há incerteza podemos sempre ter esperança que a certeza do que mais quero seja a prevalente.

Desejo















Um dia a céu aberto gostaria de dizer-te: vamos! E dar-te a mão, levar-te para o meu mundo e sermos felizes! Afagar o teu cabelo quando pensas, beijar-te a face quando sentes, abraçar-te quando ficas com receios, aconchegar-te a alma quando te sentires perdido, dançarmos quando estás cheio de vida, rirmos quando tudo é fácil, aquecermo-nos só pelo prazer de estarmos juntos. Um dia gostaria de te poder dizer: fazes-me feliz!

domingo, 30 de setembro de 2007

Depois

Hoje aquela lua cheia que nos uniu na praia está quase em quarto minguante!
...assim como o nosso contacto!
Esperar é a ordem do dia!
Anseio por te ver, mas não hoje.
Anseio por te encontrar, mas não amanhã.
Um dia...com calma!
E será que a lua vai-se encher de novo?

04-08-07

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Felicidade

Passam horas, o tempo flui....parece que estou num estado de graça no qual tudo se torna possivel! A tua presença acompanha os meus dias, aos poucos faz parte da minha vida...até quando?

Será que o nosso amor está condenado? Não quero abandonar a ideia, o ideal....o sonho! Não posso forçar, fazer mais do que estar, saborear, palpitar. Pode ser que nos habituemos irresistivelmente um ao outro ou pode ser que apesar da vontade a realidade seja outra! Que a saibamos aceitar os dois se essa altura chegar e que continuemos a respeitar-nos e amigos como agora.

domingo, 9 de setembro de 2007

Sem ti...

Sem ti o calor não é Verão,

A lua não brilha,

A pedra não é chão.

Sem ti parece não haver noite,

O vento vem de todo o lado,

É tudo uma confusão!

Amar-te

Queria amar-te com

A de agora

M de mansinho

A de alma

R de razão

T de tua

E de eternamente

Queria amar-te, finalmente,

Com todas as letras!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Melancolia

Esta melancolia não me sai do coração
As saudades, as lembranças dos sentimentos
Daqueles tantos pequenos nadas, da paixão
Dos dias, das noites, do teu sorriso, de todos os momentos
Daquela melancolia que no futuro tudo fosse apenas passado.
Essa forte, pavorosa sensação
De te perder, de não te ter ao meu lado
E eu continuar a ti ligada e tu em mim marcado!
Esta melancolia não me sai do coração.
Dias há em que te consigo "vencer", muitos há em que não!
Só queria que me deixasses amar-te tanto quanto estavas enganado!

Prazer

Leves como pétalas
As tuas mãos pousam
No meu ventre!
Carícias nos teus beijos
Um odor a real e fantasia
Quando me agarras
Quase morro de alegria!

terça-feira, 31 de julho de 2007


Que o Teu gládio me fira mortalmente.
Eu sou de alma dispersa e vagabunda,
Tudo me destrói e cada ser me inunda
E posso assim rolar eternamente.



Sophia de Mello Breyner
Foto: Notre Dame-Paris-2006

Bala dirigida

Ui, que surpresa...
Quando te ia pedir para falarmos
Tu já tinhas decidido tudo, por nós!
Se calhar a decisão foi a mesma
Que iriamos tomar,
Foi pena não termos podido conversar!

Sinto-me como se me tivessem cortado a voz,
Que sensação de vazio...
Não deixo de te querer bem,
Mas parece que levei um tiro!

Não

Não, a cadeira não serve, o chão não chega!
Não consigo ficar em nenhum lugar, enquanto não souber o que estas a pensar!

Como querer?

Como vamos querer acabar o que não começou?
Como vamos querer parar o vento que soprou?
Como vamos querer prender a agua que jorrou?
Como vamos querer abafar a explosão que começou?

Os laços que nos unem

Os laços que nos unem apertam...
Amanhã é tão longe para viver contigo o nosso sonho,
A minha alma chama-te: quero conhecer-te nas horas más..., quero abraçar-te!
O meu sorriso ausente diz: vamos viver...posso alimentar-me de nós?
A minha mão estentida pede a tua para redescobrir novos caminhos.
Deixa, deixa que os laços que nos unem se apertem!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Não é fácil

Eu sei que tu não conheces a minha vida
Não conheces as minhas filhas....
Eu sei que isso não vai ser fácil, sabes?
Eu sei e tu vais saber que o sonho...o imaculado
Não vai chegar por inteiro e por tempo indefenido
Eu sei que o que te posso trazer é limitado
E não depende só da minha vontade!
Eu sei que o ar oxida e o tempo transforma
Eu sei e tu vais saber que a felicidade
São apenas pequenas coisas:
São a presença, a segurança e a confiança!

You

You are my place
You are the light that shines in
You are the calm of ranged things
And the life of an opened door
That let my ears sense
The pulling of a drawer.
15/10/06

Início

Ai que vou magoar-me!
Só estou a ver e a sentir o lado bom
O enibriar do inicio, o aumentar da paixão
.... e não me quero curar! :-)

27/04/03

Navegar

Recolhi a minha embarcação por ter percebido que não era dia de navegar. E assim que recolhi veio o sol, a brisa e o brilho no mar.
O horizonte chama-me baixinho e as ondulações que são tuas são sinal de vida, de que o hoje existe.E não chego a amarrar, fico com a corda na mão a olhar, um sopro de esperança, uma força que me impele...e não vou resistir a sentir-me de novo em comunhão entre o céu e a àgua desta terra.
Sozinha contigo...contigo nas correntes que, devagar, nos levam longe!

Desejo feroz

Ser um ser...
Sentir o impulso animal
Reagir ao aroma de uma brisa
Amar-te sem amarras
Desejar-te sem fronteiras
Viver como um lobo esfomeado
Que jurou que ias ser sua presa!

domingo, 22 de julho de 2007

Foste tu ou fui eu?

Invadiste o meu dia e a minha noite
Com uma presença ausente
Eu a não querer, mas a tentar agarrar-te
Sem fim, numa perseguição constante.
Palpito, tremo, sorrio com medo
Não me consigo livrar desta rede.
Foste tu ou fui eu que a lancei?

Queria vir descansar
Mas a tua presença paira no ar.
Pior, está cá dentro. Que é isto?
Será solidão, será paixão?
Será um desvio, será o centro
Que eu procurava sem esperança?
Alias, já nem procurava!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Esta lagrima

A minha lágrima deve ser apenas um erro,
Pois a razão e o coração entendem que te vás embora
Desejam-te uma viagem segura e cheia.
Sabem que somos um conjunto especial
E o traço desta tinta é indelével.
Mas o tempo passa levando consigo
A definição dos contornos, as certezas
Será legível todo o nosso poema
Quando finalmente o quisermos ler?

A minha lágrima deve ser apenas um erro,
Mas desce pela face na mesma.


20/07/2007

Não sei se sei

Não sei o que iremos ter,
Mas sei que temos uma mão amiga
Um olhar compreensivo
Sei que queremos viver
Gozar o sol antes da noite
Guardando fôlego para contar as estrelas!

Será?

Não sei o que me acontece
Estou a apaixonar-me?
Ainda é cedo para saber se será uma construção
Mas os blocos vão-se juntando
E estou com vontade de a ver crescer!

Revelação

Que surpresa! Que surpresa
Me pregaste coração!
Que andavas tu a cozinhar
No segredo do teu labirinto
Para agora me mostrares
A obra feita e eu ter de a aceitar?
Mas não te enganes, não fiquei triste,
Só admirada com tanta força,
Traços certos e tantas cores.

(obrigada por não teres desisitido)

Estas a mostrar-me um novo sentido
Que eu não consigo ignorar e me preenche o dia totalmente,
...mas devagar
Que me dá esperanças, suspiros
E no qual só posso acreditar!

Fio, linha, ligação

Sabes, estou aqui sentada, mas o meus pensamentos estão contigo!
Não consigo perceber esta ligação...parece que o único fio visivel é aquele que me liga a tí!
Imagino uma linha a direito entre este degrau onde me sento e que passa por todos estes montes e estradas até ao espaço que ocupas....e não a quero perder!