sábado, 28 de junho de 2008

Poderes

Esse teu punhal é tão poderoso, tem o poder de me libertar e de me matar!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Oração de partida

Vou partir....
Não sei a quem pedir, pois não tenho essa bengala da fé em Deus, mas preciso de pedir...a mim, à sorte, a alguma coisa de eventualmente superior. Preciso de força porque sei que vão haver momentos de desespero, dificeis. Preciso de acreditar que é possivel chegar ao fim sem destruir quem eu amo. Preciso de coragem para não parar, de caminhar o caminho escolhido caia chuva caiam pedras. Preciso de me lembrar onde me encontro para saber que não era aqui que queria estar. Preciso de tempo e que ele passe depressa para não me desfazer também. Preciso que a luz ao fundo do túnel não se apague, mesmo que não a veja sempre. Preciso dos meus amigos para me darem uma mão nesta ou naquela encosta mais ingreme. ...porque vou conseguir, nem que morra a tentar, nem que chegue ao fim metade de mim!

O problema

Está tudo escrito, basta saber ler,
Está tudo dito, basta saber ouvir,
Está tudo claro, basta saber ver,
Mas só depois de saber é que o percebermos!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Zzzzzz

Toco-te e nascem arabescos nas minhas mãos.
Olho-te e a minha memória é uma estrada por caminhar.
Ao sentir-te fecho os olhos e aí sim acordo.
Beijo-te, o céu pinta-se de azul ...
e dele até nós cabe todo o meu mundo!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ainda moras em mim

Escrevias e eu lia, às vezes amava-te e às palavras.
E ficava iluminada todo o dia num sonho irreal,
com letras que não eram minhas e palavras fantasia.
Só que acordei, teve de ser, para conhecer a realidade.
Mas admito que de saudades tuas, abro uma página,
espreito-te e ainda adormeço neste ou naquele texto teu.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dançava

Eu sou uma canção que tu podes não saber ouvir,
Eu sou um ritmo, sou várias pausas
Eu sou uma música alegre às vezes, em ré menor
E posso ser uma música triste, em sol maior
Canto-me e ouço-me e vou dançando
Embalo-me de notas difusas, de notas soltas
Brinco com melodias, deleito-me com pausas
Continuava a encher a pauta ....
Até esta pausa tão grande se tornar silêncio
E as páginas virarem-se brancas!