quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nasceu, morreu

Nasceu um sonho, uma esperança.
Juntou-se a matéria num movimento.
Abriram-se caminhos, fizeram-se canções.
E na embriaguez da vitória ideal
Viveram-se dias felizes, ensoleirados,
Até aparecerem as nuvens, inescapáveis.
Surgiram sombras e necessidades.
Dentro das multidões muitos já tinham perdido
A guerra, sem a saber, que nunca começou.
Mas, sem vencedores nem vencidos,
Morreu, levando com ela o fim da quimera.
E sem braços estendidos, apenas olhos marejados,
Passou a ser a história que não se fala,
Mas que ninguém esqueceu.

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